Guia do Candangão DF 2023

 
Há tempos, o futebol feminino do Distrito Federal é sinônimo de excelência em competições nacionais, principalmente quando comparado ao masculino. Com representantes nas principais divisões no Campeonato Brasileiro da modalidade, o Campeonato Candango começa, neste fim de semana, prometendo emoção, mas com uma importante missão: diminuir a disparidade entre quem joga os torneios da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e quem almeja ter tal status.

Maiores campeões locais em atividade na temporada de 2023, Real Brasília (Série A1), Minas Brasília (Série A2) e Cresspom (Série A3) surgem com os principais candidatos ao título. Entre eles, inclusive, já existe certa diferença de nível. Ceilândia, Estrelinha, Legião e Sobradinho correm por fora. Com elencos mais modestos, devem ter, praticamente, uma disputa entre si para definirem quem será o novo representante brasiliense na terceira divisão.

Até mesmo na história há diferença. Representante do Distrito Federal na elite, o Real Brasília fez valer a força do status e estabeleceu uma impressionante dinastia no futebol feminino da capital. São quatro títulos consecutivos e a oportunidade de se tornar o primeiro pentacampeão em sequência da competição local. Vice em todas essas ocasiões, o Minas Brasília quer impedir o feito e faturar o tetra. Maior detentor com sete taças, o Cresspom luta para sair de uma fila de oito temporadas.

As quatro equipes da segunda prateleira do Candangão Feminino querem ser zebras e conquistar o primeiro título. O formato de disputa simples da competição torna a competição local ainda mais interessante. Na fase inicial, todos se enfrentam com a missão de se posicionarem entre as quatro primeiras posições para chegarem na semifinal. Daí em diante, o bom e velho mata-mata promete emoção para definir quem será o grande campeão da temporada 2023.

Ciente da importância de valorizar e incentivar o crescimento do futebol feminino, a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) tomou uma valiosa decisão para amplificar a divulgação da competição. A entidade decidiu transmitir todas as partidas do Candangão Feminino para deixar o torneio local mais próximo e acessível aos torcedores. A expectativa é, também, gerar o interesse do público nas partidas com possibilidade de acesso às arquibancadas.
 

Estrelinha

Uma proposta inovadora e o desejo de brilhar são os guias do Estrelinha para uma campanha de sucesso no Campeonato Candango Feminino. Fundada em Ceilândia, a instituição chega na 27ª edição da elite do Distrito Federal com uma proposta inovadora em comparação às participações anteriores. A principal novidade está no abandono da parceria com o Arraias. Agora, o clube caminhará com as próprias pernas.

Embora ainda não tenha sido campeão do principal torneio do cenário local, o Estrelinha se orgulha de ser o primeiro a ter uma comissão técnica e coordenação totalmente feminina. Ex-jogadora do CFZ, Rosanne Delmira Ferreira é a dona da prancheta e conta com o auxílio de Wanessa Carla, ex-zagueira de Grêmio, Flamengo, Seleção Brasileira, além da preparadora física Tatiana Mariana e da coordenadora Eliane Macêdo. O presidente do clube recém-empossado é Reginaldo dos Santos.

O Estrelinha completará, até a estreia contra o Cresspom, 26 dias de preparação. Os trabalhos começaram em 11 de julho, de forma intensa na Caesb Esportiva Social e no Clube da Saúde, ambos no Guará. Os jogos da equipe como mandante estão previstos para o Estádio Joaquim Domingos Roriz, o Rorizão, em Samambaia.

O investimento em estrutura e na comissão técnica trazem otimismo para a quinta participação do Estrelinha no Campeonato Candango Feminino. A expectativa é fazer melhor que nas campanhas anteriores, nas quais o clube jamais rompeu a fase de grupos.

“Há soma entre diretoria, comissão técnica e atletas. Estamos mais que felizes por esse momento do futebol de Brasília e do próprio clube. Nosso elenco é jovem, mas com espinha dorsal muito forte, trazendo algumas atletas experientes de fora, que se alinharão com as mais novas. Cremos em um desempenho bom. Sabemos que não somos as favoritas, mas o nosso trabalho e de formiga. Estamos comendo pelas beiradas e fazendo nosso melhor”, disse a treinadora.

Há soma entre diretoria, comissão técnica e atletas. Estamos mais que felizes por esse momento do futebol de Brasília e do próprio clube. Nosso elenco é jovem, mas com espinha dorsal muito forte, trazendo algumas atletas experientes de fora, que se alinharão com as mais novas

Rosanne Delmira Ferreira

Técnica do Estrelinha
 
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